quarta-feira, outubro 04, 2006

página na web

Esse texto é uma exigência da disciplina Oficina de Multimídia e Web Design, lecionada por Mari + Fiorelli (é assim que ela assina suas mensagens, achei legal). É um relatório sobre os procedimentos adotados na criação de uma página na web. Ontem ela falou pra mim, assim que cheguei na sala, que tinha acabado de corrigir e o princicpal: que tinha adorado. Fiquei muito lisonjeado e resolvi postar.
Quando você disse, na última aula, que o relatório sobre o processo de construção da página não precisava se aprisionar às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), tirou uma mala de 500 quilos das minhas costas. Há tempos eu esperava esse dia chegar, mas vou me policiar para não exagerar, pois já ouvi dizer que “tudo em exagero é prejudicial”.
Ainda antes de começar, devo assumir que não me prendi, neste relatório, a alguns detalhes, sem os menosprezar, é claro. Por exemplo: não comentei sobre que programa utilizei para construir a página, nem para tratar a imagem, nem como foi colocada no ar. Enfim, detalhes do mecanismo, não descrevi.
Pois bem. Coube a mim, desenhar a página da editoria “Modernidade/Tradição”, cujo texto intitula-se “Feirantes exigem melhor infra-estrutura”. Como nunca tinha criado nada, absolutamente nada na web, confesso que me assustei um pouco com a proposta. Porém, o ritmo e condução das aulas favoreceram a um alívio gradativo do meu pânico inicial.
Optei por um verde escuro na página de fundo. Antes havia testado e tentado empregar outra cor, mas decidi ficar com o “verdão”. O primeiro motivo disso foi o tema (infra-estrutura precária). Achei que o ideal seria uma cor fria, para dar mais veracidade ao texto. E verde. Por que verde? Posso até ter viajado demais, mas acho que o verde remete a mato, matagal, que deságua nas plantações, que, involuntariamente nos fazem lembrar dos principais produtos de uma feira: verduras, legumes e frutas. E também por já ter em mente que não usaria fotografias com imagens de quaisquer produtos desses gêneros. Sobre esse verde escuro inseri uma tabela com duas colunas, onde coloquei o texto, com fonte (arial) em branco, ao lado esquerdo, e uma fotografia (falo daqui a pouco), maior que o texto, ao lado oposto.
Nessa tabela apliquei um verde ainda mais escuro, mais forte que o outro (de fundo). Usei tom sobre tom, por insistir que o verde era uma cor ideal para o assunto e por não querer utilizar muitas cores diferentes. Tirei as bordas para dar um ar mais profissional e leve à página. A fonte em branco ofereceu a melhor leitura em contraste agradável com o verde. Mais em cima descrevi para qual editoria pertence o texto: “Modernidade/Tradição”. Está escrito em duas fontes, uma para representar “modernidade” (mais redondinha e contemporânea), e outra para representar “tradição” (parecida com aquela da máquina de datilografia). Estão, também, em branco, e sobre uma tarja cor grená. A escolha dessa cor foi, realmente, para combinar com o verde, mas sem perder a frieza.
Apresenta uma imagem degradante da feira: aves amontoadas em cubículos gradeados ficam à mostra a transeuntes, atentos ou não. Vários objetos e sacos espalhados pelo local sujo e desorganizado, e o desdém do comerciante a tudo e todos, apresentam a real situação sugerida pelo texto. Antes de estampar na página, passeou pelo PhotoShop. Nesse programa recebeu um tratamento de matização para fugir daquele colorido tradicional e buscar um tom mais próximo do “preto e branco”. O objetivo é enfocar no motivo (infra-estrutura atrasada) e não em detalhes que possam desviar a leitura imagética. Foi incluída também uma mancha verde (que não é a torcida do Palmeiras!), cujo objetivo era colocar sobre a foto como plano de fundo do título do texto. Resolvi apresentar o texto do lado esquerdo, mas seu título do lado direito e sobre a imagem.
Os elaboradores dos trabalhos (texto e web design) ficaram distribuídos de uma maneira discreta. O colega que fez o texto, que recebeu mínimas edições (diferentemente do relatado pelos outros colegas), teve seu nome, em letras miúdas, descrito acima do seu próprio texto, mas fora da tabela. Por isso ele leva a cor mais escura de dentro da tabela, todo em minúsculo (propositalmente para dar mais “estilo”), apenas com as iniciais em grená, a cor da tarja da editoria. O mesmo acontece com o meu nome. Colocado ao final do trabalho, alinhado à direita e fora da tabela. Está sob as mesmas características do nome do repórter.
A conclusão, vou relatar em apenas um parágrafo. Acredito chegar ao final apresentando um trabalho pouco profissional, mas exercido com muito zelo e honestidade. Afinal poderia chegar em casa, com o auxílio de alguém que soubesse mais e incrementá-lo. Mas, nesse caso, estaria enganando não a você, mas a mim. E Renato Russo já disse: “Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira”. Baseado no jargão de que menos é mais, o trabalho ficou como ficou: um tanto
amador mas bem sincero.

Endereço: http://br.geocities.com/feiradesaojoaquim/infraestrutura.htm