quinta-feira, setembro 28, 2006

gal costa


Gal teve motivo lógico. O texto rodou dia 27/09 (só sai às quartas-feiras) e já tínhamos pesquisado e descoberto que ela teria completado, no dia anterior, 61 anos de idade. Foi esse o motivo!

Em 1979, Roberto e Erasmo Carlos escreveram uma canção, cujo título era: “Meu nome é Gal”. A conhecida dupla de compositores referia-se e dedicava a música a uma cantora baiana chamada Gal Costa. Já nessa época, seu tom inigualável devido a um potente agudo na voz, agraciava os ouvidos dos brasileiros. Batizada Maria da Graça Costa Penna Burgos, nasceu na cidade de Salvador, na Bahia, em 26 de setembro de 1945. Aos 20 anos de idade iniciou sua carreira. Assinava ainda como Maria da Graça, quando participou de uma faixa no primeiro disco de Maria Bethânia, cantando, muitíssimo bem, “Sol Negro”, de Caetano Veloso. Em seguida gravou um compacto (pequeno disco contendo duas faixas e, há tempos, extinto pela indústria fonográfica) com as canções “Eu vim da Bahia”, de Gilberto Gil e “Sim, foi você”, de Caetano Veloso. O primeiro disco da sua carreira foi em parceria com Caetano, em 1967, já como Gal, intitulado “Domingo”. No ano seguinte adere ao movimento tropicalista, em solidariedade ideológica aos parceiros e conterrâneos Caetano e Gil. Considerada um ícone feminino por transgredir as convenções do momento, lança seu primeiro LP individual, enfim como Gal Costa, em 1969. As décadas seguintes serviram para sedimentar a imagem de Gal Costa. Uma intérprete ímpar e de cantar inebriante. Ajudou a apresentar ao Brasil, compositores como Luiz Melodia, Moraes Moreira e Djavan, e o poeta baiano Waly Salomão. Durante a carreira homenageou outros grandes autores musicais do país em discos inteiros, como Dorival Caymmi, Tom Jobim e Caetano (o mais gravado da sua carreira) e Chico Buarque, estes no disco “Mina D’água do meu Canto”, de 1995. No seu mais recente CD (“Hoje”), gravou compositores novíssimos e, até então, inéditos na sua carreira, como os baianos Péri, Tito Bahiense e Moisés Santana. Gal Costa sempre buscou, na elaboração dos seus discos e escolha de repertório, aquilo que soasse original, genuíno. Essas e outras características a fazem compor, junto com Dalva de Oliveira e Ângela Maria, Elis Regina e Maria Bethânia, o panteão das maiores vozes femininas brasileiras de todos os tempos.